quarta-feira, 3 de agosto de 2011

celeste (cont.de uma nota,uma cortina,um olhar)

. . .-Já que indelicadamente a acordei,faço questão de oferecer-lhe ao menos um café da manhã. já estava indo preparar o meu.entre por favor. - e aponta para a direção onde ela devia seguir.
 Ela não conseguia pensar muito ainda, mas respondeu : Tudo bem. Obrigada.
Ela passou a observar melhor o ambiente em que estava. Era um lugar extremamente claro. Tudo ao seu redor era pálido e muito iluminado.
Ela reparou que o lindo piano de onde saía a inebriante melodia, era um piano de cauda, branco e reluzente. Tudo era branco, ou extremamente claro. Desde as extensas janelas que se espalhavam tomando quase toda a parede lateral direita e parte da parede ao lado. O sofá, onde se sentou, assim como as janelas, era grandioso, alvo e iluminado. Havia a sua frente uma pequena mesa-de-centro, apenas portando um singelo vaso com genistras (naturalmente,eram brancas). Nas duas prateleiras e no pequeno móvel ao lado delas, estavam alguns livros e um aparelho de som ( antiquado o suficiente para possuir um toca-discos ) charmoso, como costumavam ser os mais antigos. Não possuía t.v. ou qualquer tipo de aparelho que não fosse o toca-discos. Era um lugar incrivelmente obsoleto, calmo e pacífico. Jamais viu nada como aquele cômodo.
-Prontinho, aqui está nosso café. - diz ele pondo sobre a pequena mesa à frente deles uma bandeja inacreditavelmente com sucos de morango, pessegos frescos e algumas torradas com peito de peru ( exatamente o café da manhã que sua mãe costumava lhe preparar . será que ele algum dia reparou? pensou ela tentando entender. )
-Está asustada com algo? Me desculpe, não gosta deste café?-
Ela atônita apenas acena que não e se põe a comer. Ele sorri despreocupado então.
-Não me apresentei ainda, me desculpe. Sou Benjamin.- e um belo sorriso a estonteou novamente.
Minutos depois de ter recobrado seu normal, disse : Prazer em conhecê-lo. Sou Meg.
De repente ele se levanta, pede licença a ela e se põe a tocar.
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Sentado a poucos metros de mim. Eu mal o reparo. Senão pelo fato de seu rubor repentino a cada vez que seu olhar cruzava com o meu sem querer.
Ouço uma melodia, olho para o lado e vejo. Seus dedos suavemente tocam as brancas teclas, por vezes as pretas, formando sons que despertam não só minha atenção como um sentimento indescritível. Aquela linda melodia entranhou em minha mente, disparou meu coração e me fez perder o ar em questão de segundos.
aquele rosto, aquela pele pálida que reluzia como seu ambiente. Era magnífico,estonteante? Sim, mas era mais. Era celestial.

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